sexta-feira, 14 de agosto de 2015

TEMPORADA DAS FLORES



Por Juan Diaz
Fotos Juan Diaz

Temporada das flores, temporada do olhar, temporada de enxergar detalhes, e assim foi os últimos dias caçando flores.

Sempre nas idas e vindas das pautas do trabalho procurei ver essas pequenas e grandes flores, com suas cores e seu charme que muitas das vezes por motivos de pressa, stress.etc.. não percebemos que elas estão lá.

No caminho que percorremos em nosso dia a dia, nos parques, praças, ruas e jardins elas se encontram, fazendo um contraste de cores e beleza. Siga seu caminho, veja as flores e terás um dia bom.

























sábado, 27 de junho de 2015

NANDO REIS FAZ SHOW EM RIO BRANCO, ACRE.

Por Juan Diaz. 

“Foi um dos melhores shows de rock nacional que já teve em Rio Branco”, assim o a maior parte do público definiu o show de Nando Reis, na sexta-feira, 26, que teve participação em mais uma edição do Rock in Ação. 

O evento, realizado pela produtora Ação Eventos, contou com uma mega estrutura, camarotes Vips, tudo para melhor atender o seu público. Além da banda de rock nacional Nando Reis também teve a participação de Os Infernais, que ao subir ao palco levou o público a loucura, cantando grandes sucessos da banda como: Por onde Andei, Luz dos olhos, Segundo o Sol, All Star. A segunda parte, pós show, ficou por conta da Banda local Osllo do Gênero: Roots Rock Reggae.













quarta-feira, 8 de abril de 2015

PAIXÃO POR DESENHOS MOTIVA JOVEM EM TARAUACÁ A LANÇAR PRIMEIRO LIVRO EM QUADRINHOS


Por Denis Henrique Araújo
Foto Juan Diaz
Via - Jornal Opinião

A paixão por desenhos em quadrinhos começou aos oito anos e a motivação de colegas e amigos o ajudaram a continuar a criar quadrinhos e fez com que o jovem Henrique Tavares, de 21 anos lançasse o livro, intitulado, “Dias Quadrados”, com desenhos do cotidiano, com assunto idealista, fantasioso e reflexões críticas. Atualmente gerenciando uma loja de agropecuária em Tarauacá, no interior do estado, Henrique diz que mesmo trabalhando em uma área que não tem nada haver com arte, diz que o trabalho nunca o desmotivou.


“Tudo começou quando tinha oito anos e gostava muito de desenhar. No início não tinha uma área específica e ficava desenhando meus colegas da turma da escola”, explica. Há três anos, Henrique criou uma página em uma rede social, e desde então o número de curtidas não para de aumentar, chegando a mais de 29 mil, e algumas dos quadrinhos publicados chegam a 1 milhão de visualizações, a maioria de fora do estado.


“Quando criei minha página no Facebook, não sabia como continuar a expor meus desenhos, foi quando conheci alguns amigos de fora do estado que me orientaram a fazer tirinhas sobre o cotidiano, foi quando os quadrinhos ganhou o país a fora”, afirma Henrique Tavares.

O quadrinista conta que o aumento nas visualizações e curtidas na página da rede social, fez com que fosse convidado a uma entrevista para um jornal, mas sem tempo, a entrevista demorou a ser realizada, mas depois de publicada o ajudou na exposição dos desenhos em sites de grandes acessos. “As pessoas não acreditava que eu morava no interior do Acre, ficavam assustadas quando eu afirmava”, conta.

“Recebi uma ligação da esposa do ex-governador Orleir Cameli, Beatriz Cameli, que me propôs escrever a história do ex-governador em quadrinhos. Fui para São Paulo e fiquei um mês e quinze dias para fazer os quadrinhos”, descreveu. Os quadrinhos sobre a história do ex-governador do Acre ainda não estão pronto, encontram-se em finalização em São Paulo.

Com recursos próprios, Henrique diz que o primeiro livro com uma série de quadrinhos teve uma produção inicial de 500 exemplares. Como o lançamento oficialmente ainda não foi realizado, o quadrinista afirma que as vendas já iniciaram. Uma curiosidade em meio a inúmeros quadrinhos, no dia 15 de abril, além de comemorar o aniversário, Henrique comemora também o Dia Mundial do Desenhista, a qual tem orgulho de comemorar a data fazendo o que gosta, desenhar.

“Depois de tantos anos de desenho e dedicação, depois de ter alcançado mais de 29 mil

curtidas na minha página “Quadrinhos Utópicos”, fazendo com que ela se tornasse uma das maiores do estado do Acre, depois de entrevistas e muitos projetos, incluindo um desenho animado sobre a vida do ex-governador Orleir Cameli com direito a uma viagem para São Paulo, depois de tantos sonhos realizados, sonhos que para mim pareciam impossíveis no começo, finalmente consegui lançar meu primeiro livro de Quadrinhos, “Dias Quadrados””, escreveu Henrique na página da rede social.

sábado, 4 de abril de 2015

LUA DE SANGUE VISTA DE RIO BRANCO, AC


Na madrugada de hoje 04/04 aconteceu o eclipse apelidado de "Lua de sangue". A cor característica tem origem na passagem dos raios solares pela atmosfera da Terra, dispersando a luz vermelha e laranja. As fotos são do fotografo acriano Marcos Vicentti.



quarta-feira, 1 de abril de 2015

''TODA PACIÊNCIA E TODO AMOR QUE TIVER TEM QUE SER PRA ELE'' DIZ MÃE DE AUTISTA.

Por Alcinete Gadelha
Fotos Juan Diaz

Receber um diagnóstico de uma doença não é fácil ainda mais quando não se conhece muito bem sobre o tema, ou se quer tem especialistas que possam dar o suporte necessário. Para a arquiteta Zeneide Mota o choque aconteceu em 2011 quando descobriu que o filho Yuri, a época com dois anos era autista. O transtorno, além de ter nuances desconhecidas pela ciência, exige dedicação intensa dos pais e um investimento extra para que a criança receba os tratamentos adequados. A mãe chorou.
Mas a tristeza e preocupação que envolveu Zeneide não foi motivo para que a vida acabasse por ali. As pesquisas que fez deu a certeza de que há perspectivas otimistas para o filho. “com muito amor e paciência dá certo. Posso ter muito estresse durante o trabalho, mas se sobrar um pouquinho de amor e paciência tem que guardar pra ele”, expressa.
Na próxima quinta-feira, 2 de abril, é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, para lembrar a data e contribuir de forma positiva o jornal Opinião traz nesta edição a história de Yuri Mateus, autista de 6 anos com altas habilidades que fez a família mudar a rotina após o diagnóstico.

Mãe de um filho de 19 anos e Yuri, Zeneide Mota viu sua vida mudar após de um diagnóstico. Depois dos dois anos de idade ela percebeu que havia algo diferente no filho. Por ter outro filho, a experiência a fez observar que o desenvolvimento dele tinha alguma coisa diferente.
A dificuldade para as coisas óbvias como falar, não atender quando era chamado. “Parecia ser surdo, não parava quieto, só repetia as musiquinhas que ouvia, ele só cantava, não falava nem papai, nem mamãe.” A primeira vez que a chamou de mãe foi aos quatro anos.

Aos dois anos e meio chegou a época de ir para a escola. A mãe explica que as professoras começaram a falar das dificuldades encontradas pelo pequeno, pois havia muita diferença e falta de aptidão com os outros coleguinhas.

“Ele não interagia, não pedia água, ele realmente tinha muita diferença das outras crianças, não manifestava reações”, foi a partir daí que começou a procura por um diagnóstico.
2011 foi um ano de procura por pediatras, otorrinolaringologista, neurologista. E a preocupação só aumentava, pois não tinha um diagnóstico.
Com o atraso na fala outra saída foi procurar a fonoaudióloga. “Fizemos algumas sessões e ela me disse que o mais comum é acontecer atraso de fala”, explica a mãe.


O diagnóstico

Após passar por vários médicos, o pré-diagnóstico veio através de uma psicóloga. Zeneide conta que após duas sessões ela afirmou que Yuri era autista, apesar de a profissional não poder dar o diagnóstico, orientou a mãe procurar um especialista.

Na época o pequeno tinha três anos. “Eu entrei em desespero. Não sabia o que era autismo, não conhecia, então pensei que ele não fosse falar, interagir, nem conviver com as pessoas.”

A partir da hipótese levantada pela psicóloga a mãe foi para a internet e livros, as suas pesquisas a fizeram chegar ao diagnóstico. Ela conta que chorava e não queria admitir a realidade que passara a ter: um filho autista.

Para chegar a conclusão de um especialista, Zeneide precisou de um médico de fora do estado. À época ainda não havia especialista no caso, em Rio Branco.


                                       Inteligência acima da média ou altas habilidades 


Como o transtorno se manifesta de várias formas o caso de Yuri é configurado como inteligência acima da média, com altas habilidades para a música.

Aos seis anos o garoto toca bateria, violão, canta, ouve músicas em inglês e memoriza. “As pessoas pensam que ele sabe inglês, mas na verdade ele ouve e repete.”

Atualmente três médicos fazem o acompanhamento de Yuri: Um psiquiatra infantil de São Paulo; um neuropediatra, também de São Paulo e um pediatra de Rondônia. A descrição dada pelos médicos é de inteligência acima da média; ouvido absoluto (tem a capacidade de ouvir e reproduzir); Hipoacusia sensorial, pois muito barulho o irrita.

A inteligência acima da média fez Yuri aprender a ler aos quatro anos. Decorar um discurso que não era dele. O episódio aconteceu na formatura, onde o pequeno decorou o discurso dos colegas e durante a solenidade repetiu o que cada um deveria dizer.

As dificuldades


“Ele tem muita dificuldade ainda, mas desde que eu descobri até aqui já melhorou muito”, mas para isso Zeneide conta que há um alto preço a pagar. Caso não ocorra o tratamento a criança pode regredir.
São sessões de terapia ocupacional, psicólogo, fonoaudiólogo, hidroterapia, psicopedagoga, escola com mediadora e especialistas que acompanham o caso de Yuri, além disso, a participação nas aulas de músicas são indispensáveis.
Além do momento da descoberta ter sido um dos mais difíceis, a mãe explica que outra grande dificuldade foi a falta de especialistas no estado. “Hoje temos, mas são poucos. E na época ele ficou sem fazer acompanhamento por alguns meses e ele se calou. Só chorava”, conta.
A época a garoto tinha três anos e meio. Ao chegar à escola não sentava, batia a cabeça, ficava irritado. “Cheguei a pensar que ele não conseguiria, mas hoje, graças a Deus, o Yuri está bem desenvolvido.”
Arquiteta funcionaria pública federal Zeneide mudou de vida para cuidar do filho. Ao descobrir a deficiência ela parou com o trabalho que tinha, se tornou autônoma para poder se dedicar ao filho.
A menos de um ano ela assumiu cargo em um emprego federal, pois se sente segura em dar esse novo passo. “Tenho uma pessoa que trabalha comigo que cuida dele. Ela é uma segunda mãe, pois está com a gente desde a minha gravidez, o irmão mais velho ajuda, o pai, apesar de sermos divorciados também ajuda. Nós nos adaptamos a ele,” revela.

A vida da família mudou. Muitos compromissos não foram cumpridos, reuniões em que não compareceram, mas o amor que move a todos faz com que Yuri tenha um bom desenvolvimento.

O amor pela música


A afinidade pela música é explícita, ao entrar na sala com a psicopedagoga Yuri, imediatamente, pega uma pequena sanfona, que para ele não importa se de brinquedo, ou não, mas o som produzido o alegra.
Além disso, a mãe conta que toda e qualquer música é capaz de acalmá-lo, seja música clássica, rock, ou até mesmo galinha pintadinha. “Ele gosta de música.”  

“Uma das estratégias para acalmá-lo é a música, outra é encher a mochila de livros e levá-lo para dar uma volta, pois gera e quilibrio através do peso. Os autistas têm esse desequilíbrio, e isso ajuda”, explica a mãe. 

Apesar das dificuldades enfrentadas Zeneide conta que não teve que enfrentar preconceitos. Segundo ela a escola é maravilhosa, a família é grande e tem muita criança, mas nunca enfrentou situações difíceis. “Todos gostam dele e respeitam”, explica a mãe que já passou por incompreensões, de acharem que se trata apenas de implicância do garoto.

Sobre o autismo

Autismo é um transtorno global do desenvolvimento marcado por três características fundamentais, como inabilidade para interagir socialmente; Dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos; Padrão de comportamento restritivo e repetitivo. 

O grau de comprometimento pode variar e vai desde quadros mais leves, como a síndrome de Asperger (na qual não há comprometimento da fala e da inteligência), até formas graves em que o paciente se mostra incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal e é portador de comportamento agressivo e retardo mental.

Os sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas dificilmente são identificados precocemente. O mais comum é os sinais ficarem evidentes antes de a criança completar três anos. De acordo com o quadro clínico, eles podem ser divididos em 3 grupos:

1- ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;

2- o portador é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;

3- domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite aos portadores levar vida próxima do normal.


Até o momento, autismo é um distúrbio crônico, mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar.

Não existe tratamento padrão que possa ser utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e deficiências. Alguns podem beneficiar-se com o uso de medicamentos, especialmente quando existem co-morbidades associadas.